BUSÃO DA APELAÇÃO

Cenas apelativas aumentam audiência? Podem até atrair o público, mas, o tempo todo, cansam. Assim, queria entender o porquê de tanta apelação no reality Busão do Brasil, na Band. Jovens estereotipados, sempre com pouca roupa, dormindo no mesmo "camão", no qual rolam pegação, sexo, masturbação - meio disfarçados, até certo ponto. Não conseguem articular uma frase inteira. O negócio é se esbaldar no ônibus e nas festas, mostrar as exuberâncias, falar palavrões, beijar muiiiito e... tome edredom. As provas são pífias, e os cenários toscos. Tudo é lama. Aliás, é a palavra que mais sai da boca do apresentador Edgard Piccoli. Naquele estilão MTV - forever young -, Edgard manda pra lama os candidatos a deixarem o programa, como Pedro Bial anuncia os seus no paredão, e Brito Jr. leva os dele pra roça. A musa do Busão é Camila, jovem que acredita ser uma pin up, e sai com as seguintes pérolas: "Eu pegava requeijão, passava na hóstia e comia" ou "Será que quando deito meu peito parece um ovo frito?". O bonitão Léo é galã do coletivo, e seus melhores momentos são fazendo carão, sem abrir a boca. Já o bad boy Júlio, sempre com peitoral tatuado à mostra, grita, xinga e dá risadas meio fora de hora. E, quando Edgard dá 30 segundos a ele pra pedir que o público não o deixe afundar na lama, o Júlio se expressa: "Pô, desculpa, aí. Desculpa mesmo... Aí, quero ficar! Se fiz alguma coisa... Aí, desculpa!". Tempo esgotado. É lama ou não é?